quarta-feira, 3 de março de 2010

Henry revela ter pensado em aposentadoria após 'gol de mão'

Thierry Henry divide a torcida francesa, que o rotula ou como grande herói ou como maior vilão da classificação da França para a Copa do Mundo de 2010. Após escandalosamente ajeitar a bola com a mão antes de dar o passe para Gallas, o atacante do Barcelona sentiu muito remorso e abandono, e cogitou até se aposentar do selecionado nacional.

Em entrevista ao diário francês L'Équipe quase uma semana depois da partida contra a Irlanda, o avante de 32 anos confessou que se sentiu muito mal por ter "metido a mão" no resultado do jogo. "Na quinta e na sexta, dias que sucederam a partida, me senti sozinho, extremamente sozinho. Me senti abandonado pela Federação Francesa e pensei em me aposentar da seleção, mas continuo, o que poderia ser diferente sem o apoio de meus amigos", revelou o camisa 14 do Barcelona.

Henry afirmou ter ficado muito mal após o incidente, e disse até sentir vergonha do que fez. "Eu me afundei depois do jogo, mas não vou afundar o meu país inteiro também. Peço desculpas a todos. Eu não deveria ter feito aquilo. Francamente, foi incontrolável. Depois caí na real. Por isso, depois do jogo fui falar com todos os jogadores da Irlanda, um por um. Não fizemos festa nem no vestiário".

Depois de pensar em se retirar da seleção, o antigo jogador do Arsenal ainda quer jogar a Copa do Mundo de 2010 antes de pensar em aposentadoria, justamente por sua grande importância no elenco francês. "Depois da Copa de 2006, pensei em sair, mas era muito cedo. Depois da Euro de 2008, também pensei, mas não estava em um bom momento. Era uma geração que precisava de mim, da minha experiência".

Por fim, após criticar publicamente a Federação Francesa de Futebol (FFF), Henry não deixou de elogiar o Barcelona, que permitiu sua convocação mesmo sem a recuperação completa de uma lesão no joelho. "Nunca terei chance de agradecer o suficiente ao Guardiola e à torcida do Barça pelo apoio. Não poderia conseguir um novo joelho, mas era impossível rejeitar a seleção quando jogávamos a classificação para o Mundial", concluiu.

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