segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Todo mundo tem impressão digital?

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Não. Aproximadamente 3 mil pessoas no mundo vivem sem nenhuma digital. Elas são portadores da síndrome de Nagali, um defeito genético raríssimo que impede a formação das digitais no feto. A probabilidade de um bebê nascer com o problema é a mesma de alguém ser atingido por um raio ao longo da vida: cerca de um em cada 3 milhões. Além da sutil dificuldade de segurar copos e virar páginas (por causa da ponta lisa dos dedos), os pacientes sofrem na vida adulta com a desconfiança na obtenção de cartões e documentos e em processos seletivos de empregos, por exemplo.
A falta das impressões, no entanto, não é a característica mais grave da doença. Unhas, dentes e cabelos são mais frágeis, podendo cair, e a pele apresenta manchas marrons irregulares pelo corpo.
Mais comuns mesmo são os casos de pessoas saudáveis que perdem as digitais com o passar do tempo, seja por acidentes, seja por problemas biológicos associados ao clima, seja pelo contato com produtos químicos que desgastam e “apagam” as fissuras das mãos. “Nesses casos, a identificação do indivíduo geralmente se dá pelos dedos maiores dos pés. Em caso de perda total, é usada a arcada dentária, como ocorre em acidentes graves”, explica Carlos Roberto Antônio, dermatologista da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (interior de São Paulo). “Na biometria, os dispositivos eletrônicos de reconhecimento do formato do rosto e da íris (únicos em cada pessoa) são as alternativas mais viáveis.”

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

6 sociedades secretas famosas

No último dia 9 de março, 40 mil homens que frequentam os rituais maçônicos irão se reunir para votar e escolher o seu próximo líder máximo, o grão-mestre que assume o comando da organização pelos próximos três anos. Este é apenas um dos rituais das sociedades secretas que se escondem nas misteriosas sombras da humanidade. Para aguçar sua curiosidade, listamos 6 sociedades secretas famosas que mostram que a verdade pode até estar lá fora – mas está muito bem escondida:

1. Ordem dos Templários
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Fundada em 1118, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão foi a sociedade secreta mais pop e poderosa da Idade Média. O objetivo da ordem era proteger peregrinos que faziam viagem até a Terra Santa, garantindo a segurança no trajeto entre Jerusalém e Europa. A tropa de elite, subordinada à Igreja Católica, era formada por homens de Deus: além de votos de pobreza, castidade e obediência, os frades que integravam a ordem juraram também defender os lugares sagrados da cristandade e, se necessário, liquidar os infiéis.

A causa aparentemente “nobre” não demorou a desandar: em 1139 uma bula papal isentou os templários da obediência às leis locais e o poder logo subiu à cabeça. A série de abusos foi relevada até o grupo cometer uma mancada imperdoável: a perda da Terra Santa, reconquistada pelos muçulmanos. Com a expulsão dos cristãos do solo sagrado em 1303, os templários entraram na mira do papa Clemente V que, junto do rei da França, Filipe, o Belo, conspirou para a destruição da Ordem do Tempo Ordem do Templo. Em 13 de outubro de1307, a maioria dos templários foi presa. Em 1312 foi extinta definitivamente – ou, pelo menos, supõe-se que assim tenha sido: há quem defenda que alguns frades teriam reconstruído secretamente a ordem. Será?
2. Maçonaria
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Quando o assunto é a mais famosa das sociedades secretas, não faltam criativas teorias da conspiração que situem seus membros entre guerreiros das cruzadas, arquitetos do templo do Rei Salomão e até entre egípcios responsáveis pelas pirâmides – sim, Dan Brown, estamos falando de você. A versão oficial diz que os maçons surgiram, na realidade, no fim da Idade Média, em canteiros de obras. Conhecimentos sobre o então prestigiado ofício passaram a ser compartilhados com um grupo seleto e confiável de aprendizes dentro das chamadas “lojas”. Foi em 1717 que a unificação de quatro destas unidades deu origem à Grande Loja de Londres, marco oficial da criação da maçonaria.
Entre o final do século 18 e começo do século 19, não havia nada mais cool do que pertencer a este seleto clube do bolinha (só homens acima de 21 anos indicados por um irmão maçom podem participar), famoso por reunir mentes inquietas, brilhantes e, principalmente, influentes. Para além de teorias mirabolantes, os maçons estiveram por muito tempo envolvidos em grandes marcos mundiais. Acredita-se que os maiores acontecimentos da independência dos EUA, país onde a instituição maior exerceu influência, foram decididos em lojas maçônicas. Entre os mais ilustres membros da turminha das antigas estadunidense estão ninguém menos que Benjamin Franklin e George Washington. No Brasil, o time de notáveis também não fica atrás: José Bonifácio, Patriarca da Independência, foi o primeiro grão-mestre da instituição no país; D. Pedro I, Rui Barbosa, marechal Deodoro da Fonseca e Joaquim Nabuco também compartilharam o título.
Mesmo sem exercer hoje a força e influência que marcou a instituição no passado, por trás das quatros paredes sem janelas (característica das lojas maçônicas) continuam se reunindo empresários, advogados, formadores de opinião que seguem os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e buscam a dominação mundial o aperfeiçoamento intelectual.
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Bônus: Outras organizações misteriosas ligadas aos maçons povoam o imaginário popular. O ex-presidente americano Bill Clinton foi dirigente da Ordem DeMolay, sociedade fundada em 1919 nos Estados Unidos patrocinada pela maçonaria – um grupo formado por jovens do sexo masculino de 12 a 21 anos. As mulheres, deixadas de fora destes dois grupos, fazem parte da Ordem da Estrela do Oriente, organização paramaçônica, fundada em 1850, que aceita membros acima dos 18 anos com parentesco maçônico. A organização dá suporte à Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas, clube de serviço criado pela maçonaria em 1922 que tem como membros mulheres entre os 11 e 20 anos e se assemelha à Ordem Internacional das Filhas de Jó - organização também patrocinada pela maçonaria, criada em 1920, da qual participam mulheres entre 10 e 20 anos.

3.Illuminati
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A pirâmide com o olho que tudo vê, presente no Grande Selo dos Estados Unidos, é considerado um símbolo dos Illuminati


Contra a Igreja e a monarquia, a Ordem dos Iluminados, ou simplesmente Illuminati, já surgiu ~causando~. Fundada em 1776 pelo alemão Adam Weishaupt, sua missão era libertar o mundo do que ele chamava de “dominação jesuíta da Igreja em Roma”. Weishaupt formou um grupo de conspiradores que deveria trazer de volta a pura fé dos mártires cristãos. Os cinco iniciados passaram a espalhar a doutrina pela Alemanha, o que não agradou nadinha o governo. Os Illuminati passaram a sofrer repressão e Weinshaupt acabou fugindo do país em 1784, colocando um ponto final na trajetória da polêmica organização. Ou não. Há quem acredite que os Illuminati estão por aí, ainda atuantes, e trabalhando por debaixo dos panos para instituir um governo global chamado de Nova Ordem Mundial.

4. Opus Dei
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Sua diminuta área de 0,44 km2 contribui para isso, é verdade, mas o Vaticano tem tudo para ser o país com mais segredos por metro quadrado do planeta. Um dos grandes mistérios é o Opus Dei, organização espiritual católica vinculada ao Vaticano criada em 1928 na Espanha. Os boatos que cercam a sociedade – da qual só pode fazer parte quem manifestar vocação antes do pedido de filiação – alimentam a mística em torno de suas atividades. As ações ultraconservadoras e totalitárias da organização (e o incentivo à autoflagelação) ganham a mídia e geram polêmicas, mas é sua influência política que levanta mais suspeita: há quem acredite que o Opus Dei é tão poderoso que pode decidir grandes questões da Igreja.
Como se não bastasse, além de ter como missão santificar o mundo, uma das funções secretas dos membros do Opus Dei seria ocupar posições de liderança na sociedade – e daí viria todo o poder e dinheiro da instituição. Isso pode muito bem ser verdade: a legião de 85 mil adeptos anônimos se espalha por todas as partes do mundo. A organização chegou ao Brasil na década de 1950 e estima-se que a organização conte com cerca de 1.700 membros no país.

5. Skull and Bones
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Esqueça o que você aprendeu ao assistir aquele besteirol americano: apesar de ter surgido dentro dos dormitórios de uma faculdade, esta sociedade secreta e ultra-exclusiva é bem diferente das fraternidades comuns.  A Skull and Bones (“Caveira e Ossos’, em português), foi fundada na Universidade de Yale em 1832. Reza a lenda que tudo começou por causa de uma dor de cotovelo: depois de ser rejeitado pela Phi Beta Kappa, uma das mais antigas e prestigiadas irmandades universitárias dos Estados Unidos, William Huntington Russell teria fundado a sociedade ultra-exclusiva – a cada ano, apenas 15 pessoas são escolhidas para fazer parte do grupo que atualmente conta com cerca de 800 membros. Poderia ser só mais um clubinho, não fossem as polêmicas que envolvem a organização que, acredita-se, tem ligação com os Illuminati. Para além das teorias da conspiração, fato é que, entre os membros da sociedade, estão alguns dos mais importantes políticos e homens de negócios do EUA – a teoria é que eles trabalham juntos para ocupar as mais importantes posições de destaque no cenário estadunidense. Entre os membros da organização misteriosa, estão George Bush pai e George Bush filho, ambos ex-presidentes dos Estados Unidos. Até Henry Luce, fundador da corporação Time-Life, um dos mais importantes conglomerados de comunicação dos Estados Unidos e responsável pela influente revista Time, fez parte da Skull and Bones.

6. Rosacruz
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Na Idade Média, a Inquisição não perdia a chance de jogar na fogueira quem ousasse questionar os dogmas católicos. Para evitar esse destino, os integrantes da Rosacruz preferiram não arriscar e fizeram valer o titulo de “sociedade secreta”. Interessados em descobrir mais sobre os profundos mistérios religiosos, os membros da Rosacruz recorriam às mais diversas fontes – gnosticismo (buscando o conhecimento à margem do que dizia a Igreja), a cabala (misticismo judaico), o esoterismo islâmico e também na filosofia, mitologia egípcia, astrologia e alquimia. Envolta por mistérios, as origens da organização permanecem incertas até os dias de hoje. Enquanto alguns afirmam que sua criação data do ano 46, na Alexandria, a teoria mais famosa liga o surgimento da sociedade ao monge Christian Rosenkreuz, nascido em 1378, na Alemanha. Ao que tudo indica, aos 16 anos, ele viajou ao Oriente Médio e estudou diferentes artes ocultas. Para celebrar seus rituais secretos, ao voltar para a Alemanha, Rosenkreuz construiu a Spiritus Sanctum, a “Casa do Espírito Santo”. Quando a sua tumba foi encontrada, 120 anos depois de sua morte, o pastor luterano Johann Andrae retomou as atividades da Rosacruz. Apesar de muitos acreditarem que tudo não passa de uma lenda, muitas sociedades atuais se baseiam no valor simbólico da história:  as andanças pelo mundo e a incorporação de elementos de várias tradições aludem à chamada Religião Universal da Sabedoria – que prega a tolerância religiosa, a harmonia e a paz.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quanto vale um rim? O corpo humano pode viver sem quais órgãos?

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Você já deve ter ouvido por aí alguém fazendo alguma piadinha do tipo “vou precisar vender meu rim” quando o assunto envolve a discussão a respeito de como pagar por algo muito caro. Mas quanto vale um rim no mercado negro? Quais outros órgãos podem ser retirados do corpo humano sem causar grandes danos?
É possível que uma pessoa viva normalmente sem um pulmão, uma córnea, um pedaço de fígado ou do intestino. Esses dois últimos casos não são muito comuns, já que as cirurgias para realizá-los são bastante complicadas, então é bem difícil ganhar dinheiro com um pedaço do seu fígado ou do seu intestino. Nem tente.
Córneas são dificilmente compradas, já que o número de doadores é relativamente bom. Não é um “negócio” muito lucrativo, portanto, querer vender sua córnea. Quanto ao pulmão, o procedimento não é dos mais simples também e, portanto, melhor nem tentar – sem contar que é meio estranho viver sem um pulmão por livre e espontânea vontade.

Dados

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o que proporciona algum tipo de lucro é apenas a venda de rins, cuja cotação varia conforme o país. Só para que você tenha uma ideia, na Índia um rim vale US$ 20 mil; na China, US$ 40 mil; em Israel, chega a valer US$ 160 mil.
O que muita gente não sabe, porém, é que muito desse dinheiro serve para pagar despesas de viagem, acomodação, cirurgias e afins. O valor final médio que se recebe pela venda de um rim varia entre US$ 1 mil e US$ 10 mil, o que é bem abaixo das expectativas de quem é capaz de vender um órgão.
Fica a dica: na dúvida, não venda. Esses procedimentos são ilegais em muitos países e o vendedor vai passar por processos cirúrgicos de qualidade duvidosa na mão de médicos que talvez nem médicos sejam. Apesar de todos os riscos e do baixo pagamento, há muita gente que arrisca a vida passando por esse tipo de procedimento. Nos EUA, uma lei que garante pagamento a doadores de órgãos está em avaliação. O objetivo é diminuir o número de vendas clandestinas. O que você acha dessa ideia? Será que essa é uma boa solução para o problema?

Fonte: Pop Sci