Não. Aproximadamente 3 mil pessoas no mundo vivem sem nenhuma digital. Elas são portadores da síndrome de Nagali, um defeito genético raríssimo que impede a formação das digitais no feto. A probabilidade de um bebê nascer com o problema é a mesma de alguém ser atingido por um raio ao longo da vida: cerca de um em cada 3 milhões. Além da sutil dificuldade de segurar copos e virar páginas (por causa da ponta lisa dos dedos), os pacientes sofrem na vida adulta com a desconfiança na obtenção de cartões e documentos e em processos seletivos de empregos, por exemplo.
A falta das impressões, no entanto, não é a característica mais grave da doença. Unhas, dentes e cabelos são mais frágeis, podendo cair, e a pele apresenta manchas marrons irregulares pelo corpo.
Mais comuns mesmo são os casos de pessoas saudáveis que perdem as digitais com o passar do tempo, seja por acidentes, seja por problemas biológicos associados ao clima, seja pelo contato com produtos químicos que desgastam e “apagam” as fissuras das mãos. “Nesses casos, a identificação do indivíduo geralmente se dá pelos dedos maiores dos pés. Em caso de perda total, é usada a arcada dentária, como ocorre em acidentes graves”, explica Carlos Roberto Antônio, dermatologista da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (interior de São Paulo). “Na biometria, os dispositivos eletrônicos de reconhecimento do formato do rosto e da íris (únicos em cada pessoa) são as alternativas mais viáveis.”
Fonte: http://super.abril.com.br
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