Sobreviver a um naufrágio, já é em sim um grande feito, agora passar mais de 25 dias em alto-mar é fato incrível. A seleção de hoje vai para estas 4 pessoas que passaram tempo recorde no mar.
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4. Náufragos
birmaneses – 25 Dias
Nos últimos dias de 2008, um barco de
pesca tailandês saiu da costa carregando 20 pessoas em sua tripulação, mas se
partiu no mar e afundou. A maior parte dos tripulantes caiu no mar e nunca mais
foi vista. Dois homens conseguiram se agarrar a uma caixa térmica, que eles
usavam para armazenar os peixes. A caixa era grande, e eles conseguiram entrar
dentro dela. Os dias chuvosos que eles pegaram foi o que lhes deu água para
beber, e eles comeram o peixe que ainda estava na caixa térmica. Por acaso,
eles foram avistados por um avião, que chamou um barco de resgate. Os náufragos
foram levados para a Ilha Thursday, na costa da Austrália, onde receberam
tratamento para desidratação, desnutrição e para os problemas causados pelo
sol.
3. Poon Lim – 4 meses
e meio
Em 1942, o navio em que o chinês Poon
Lim era tripulante afundou próximo da costa africana. Lim se atirou ao mar e –
para sobreviver a um naufrágio, sorte conta – encontrou uma jangada que estava
à deriva. Dentro da jangada – sorte conta muito, aliás – havia uma lanterna,
seis caixas de biscoito, dez latas de conserva, uma garrafa de suco de limão,
cinco latas de leite em pó, barras de chocolate e dez galões de água. Ou seja,
Lim estava, por um tempo, salvo. Mas ele ficou no mar por mais tempo que isso e
ele precisou improvisar um material de pesca com um anzol e uma mola da
lanterna (MacGyver mode: on). A água ele resolvia captando da chuva. Depois,
ele evoluiu a técnica de sobrevivência e passou a usar os peixes para capturar
gaivotas. Quatro meses e meio depois do naufrágio, Lim percebeu a cor do mar
mudando de azul para verde, e avistou uma pequena embarcação de pescadores, o
que significava que ele estava chegando perto de terra firme. Terras
brasileiras, aliás. A jangada de Lim atravessou todo o Oceano Atlântico e
chegou ao Estado do Pará. De Belém, 133 dias depois de sua embarcação ter
naufragado, Lim embarcou para a Inglaterra – dessa vez, de avião, porque ele
não era trouxa.
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2. Jesus Vidana
Lopez, Salvador Ordonez, Lucio Rendon – 10 meses
Os três e mais outros dois pescadores
saíram de San Blas, no México, em uma expedição para a pesca de tubarões. Mas
uma tormenta empurrou seu barco para oeste, para dentro do Oceano Pacífico. O
grupo acenou para navios que passaram por perto, mas ninguém quis salvá-los.
Dez meses depois, os três sobreviventes chegaram em Majuro, capital das Ilhas
Marshall, na Micronésia, a bordo de um barco de pesca desportiva que os
resgatou. Lopez, Ordonez e Rendon sobreviveram bebendo água da chuva e comendo
peixe cru e gaivotas. Quando retornaram ao México, Vidana descobriu ser o pai
de uma menina de seis meses, que nasceu enquanto todo mundo achava que ele
estivesse morto no mar.
1. José Salvador
Alvarenga – 13 meses
O mexicano começou sua jornada em
dezembro de 2012, no México, quando saiu para pescar tubarões com outro
pescador, Ezequiel Cordoba. No mar, eles foram surpreendidos por uma tempestade
que parou o motor do barco e os deixou à deriva. Cordoba só sobreviveu por
quatro semanas, pois, segundo Alvarenga, ele não conseguia beber sangue de
tartaruga e se alimentar de peixe cru para viver. Alvarenga foi encontrado, em
novembro de 2013, em um atol das Ilhas Marshall, na Micronésia, cerca de 11.112
km longe de onde havia partido. Até hoje, Alvarenga tem problemas de saúde
relacionados ao longo tempo como náufrago, além de ter que conviver com as
polêmicas sobre seu tempo à deriva e sobre sua sobrevivência. Dizem as más
línguas que ele comeu Cordoba (literalmente, seus pervertidos) para não morrer
– fato que ele nega veementemente. Desde janeiro deste ano, Alvarenga está
sendo processado por uma série de acusações (dentre elas, canibalismo) e, se
perder, terá que pagar US$ 1 milhão a seus acusadores.
Moral da história: se estiver no
México, NÃO vá pescar tubarões. A prática sofre de uma maldição que faz os
pescadores ficarem à deriva por meses.
Fonte: Superinteressante